EDITORIAL (16/11/2010)
Estimam-se em R$ 40 bilhões anuais os prejuízos causados ao País somente pela pirataria, ainda, por inviabilizar dois milhões de empregos regulares. Tudo isso, em razão da falta de controle das fronteiras secas com os países situados ao longo do imenso espaço territorial brasileiro. Além dessa baixa significativa, prejudicando diversos segmentos da cadeia produtiva, há também as consequências maléficas trazidas pelas drogas.
As substâncias alucinógenas, de origem vegetal, estariam sendo concentradas na Colômbia, Bolívia e Peru, países com os quais o Brasil mantém relações econômicas, políticas e sociais, além de uma convivência pacífica nas linhas fronteiriças, sem maiores obstáculos para a entrada e saída tanto dos nacionais como dos estrangeiros. A integração dessas áreas limítrofes alcançou nível de intensidade a ponto de inviabilizar qualquer barreira física.
Em consequência, as baixas se acumulam e os malefícios se multiplicam provocados pela migração das drogas originadas nesses nossos vizinhos e pelo contrabando transformado em rotina. Pelas fronteiras escancaradas, entram roupas falsificadas, armas, munições, tecidos, bebidas, madeiras, carvão, cereais, perfumes, brinquedos, eletrodomésticos, anestésicos, cigarros, informática, agrotóxicos, combustíveis, veículos roubados, eletrônicos, pneus e peças automotivas.
O Paraguai se destaca tanto pelas exportações desses produtos redistribuídos por todos os grandes mercados consumidores regionais, como pela legalização de veículos roubados no Brasil e lá ingressados para comercialização no mercado negro de automóveis. As disparidades das normas jurídicas vigentes nos dois países e o pouco esforço administrativo para estancar essas transações irregulares agravam a questão.
O Brasil tem negligenciado no controle de suas fronteiras distribuídas ao longo de 16,8 mil quilômetros e onde estão implantados apenas 31 postos aduaneiros. A ausência do Estado estimula operações de toda sorte, especialmente pelos meios de locomoção utilizados no contrabando: veículos particulares, ônibus, caminhão, barco e a pé. Os espaços vazios de vigilância e a disposição dos grupos marginais só agravam o quadro há muito reconhecido como grave.
O governo brasileiro necessita, com urgência, voltar-se para essa realidade intolerável, concebendo, para enfrentá-la, uma política capaz de integrar todos os ministérios. Nessa ordem de providências, contingentes especiais de servidores públicos são imprescindíveis para viabilizar qualquer ação proativa nas fronteiras, a partir do fechamento dos caminhos de fugas e das rotas de escoamento das mercadorias falsificadas.
Sem estancar o ingresso de armas e munições, de última geração, não será possível desmobilizar os grupos responsáveis pelo crime organizado, atividade rentável disseminada por inúmeros segmentos marginais. A sofisticação das armas em poder desses grupos chegou ao ponto de superar, em muito, os armamentos utilizados pelas forças de segurança pública. O esgotamento das fontes abastecedoras dos criminosos é o caminho mais curto para inviabilizar suas ações.
As substâncias alucinógenas, de origem vegetal, estariam sendo concentradas na Colômbia, Bolívia e Peru, países com os quais o Brasil mantém relações econômicas, políticas e sociais, além de uma convivência pacífica nas linhas fronteiriças, sem maiores obstáculos para a entrada e saída tanto dos nacionais como dos estrangeiros. A integração dessas áreas limítrofes alcançou nível de intensidade a ponto de inviabilizar qualquer barreira física.
Em consequência, as baixas se acumulam e os malefícios se multiplicam provocados pela migração das drogas originadas nesses nossos vizinhos e pelo contrabando transformado em rotina. Pelas fronteiras escancaradas, entram roupas falsificadas, armas, munições, tecidos, bebidas, madeiras, carvão, cereais, perfumes, brinquedos, eletrodomésticos, anestésicos, cigarros, informática, agrotóxicos, combustíveis, veículos roubados, eletrônicos, pneus e peças automotivas.
O Paraguai se destaca tanto pelas exportações desses produtos redistribuídos por todos os grandes mercados consumidores regionais, como pela legalização de veículos roubados no Brasil e lá ingressados para comercialização no mercado negro de automóveis. As disparidades das normas jurídicas vigentes nos dois países e o pouco esforço administrativo para estancar essas transações irregulares agravam a questão.
O Brasil tem negligenciado no controle de suas fronteiras distribuídas ao longo de 16,8 mil quilômetros e onde estão implantados apenas 31 postos aduaneiros. A ausência do Estado estimula operações de toda sorte, especialmente pelos meios de locomoção utilizados no contrabando: veículos particulares, ônibus, caminhão, barco e a pé. Os espaços vazios de vigilância e a disposição dos grupos marginais só agravam o quadro há muito reconhecido como grave.
O governo brasileiro necessita, com urgência, voltar-se para essa realidade intolerável, concebendo, para enfrentá-la, uma política capaz de integrar todos os ministérios. Nessa ordem de providências, contingentes especiais de servidores públicos são imprescindíveis para viabilizar qualquer ação proativa nas fronteiras, a partir do fechamento dos caminhos de fugas e das rotas de escoamento das mercadorias falsificadas.
Sem estancar o ingresso de armas e munições, de última geração, não será possível desmobilizar os grupos responsáveis pelo crime organizado, atividade rentável disseminada por inúmeros segmentos marginais. A sofisticação das armas em poder desses grupos chegou ao ponto de superar, em muito, os armamentos utilizados pelas forças de segurança pública. O esgotamento das fontes abastecedoras dos criminosos é o caminho mais curto para inviabilizar suas ações.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=885777
Nenhum comentário:
Postar um comentário